terça-feira, 31 de março de 2009

Crise econômica de 2008/2009

A crise econômica de 2008 é uma crise financeira internacional que tem suas raízes na "bolha da Internet" de 2001 e que se precipitou com a falência do tradicional banco de investimento estadunidense Lehman Brothers, fundado em 1850, seguida no espaço de poucos dias pela falência técnica da maior empresa seguradora dos Estados Unidos da América, a American International Group (AIG).
O governo norte-americano, que se recusara a oferecer garantias para que o banco
inglês Barclays adquirisse o controle do cambaleante Lehman Brothers, alarmado com o efeito sistêmico que a falência dessa tradicional e poderosa instituição financeira - abandonada às "soluções de mercado" - provocou de forma nos mercados financeiros mundiais, resolveu, em vinte e quatro horas, injetar oitenta e cinco bilhões de dólares de dinheiro público na AIG, para salvar suas operações. Em poucas semanas, a crise norte-americana atravessou o Atlântico: a Islândia estatizou o segundo maior banco do país .
As mais importantes
instituições financeiras do mundo, Citigroup e Merrill Lynch, nos Estados Unidos; Northern Rock, no Reino Unido; Swiss Re e UBS, na Suíça; Société Générale, na França declararam ter tido perdas colossais em seus balanços, o que agravou ainda mais o clima de desconfiança, que se generalizou. No Brasil, as empresas Sadia , Aracruz Celulose e Votorantim anunciaram perdas bilionárias.
No Brasil, empresas bilionárias como a Sadia e a Aracruz Celulose estão tendo que vender partes significativas de suas empresas para o as empresas que antes eram suas concorrentes, Perdigão e Votorantim, respectivamente.A Perdigão, se for confirmada sua compra da Sadia, terá o maior frigorífico do Mundo, e se for confirmada a venda da Aracruz Celulose, a Votorantim terá a maior empresa de celulose na América Latina.
Para evitar colapso, o governo norte-americano reestatizou as agências de
crédito imobiliário Fannie Mae e Freddie Mac, privatizadas em 1968 , que agora ficarão sob o controle do governo por tempo indeterminado.
Em outubro de
2008, a Alemanha, a França, a Áustria, a Holanda e a Itália anunciaram pacotes que somam 1,17 trilhão de euros (US$ 1,58 trilhão) em ajuda ao seus sistemas financeiros. O PIBda Zona do Euro teve uma queda de 1,5% no quarto trimestre de 2008, em relação ao trimestre anterior, a maior contração da história da economia da zona.

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